AmeRiCanDo: verbo reflexo; brincando de tomar modos americanos; buscando adaptar-se ao modo de vida americano, embora senhora de uma alma cosmopolita e apesar da saudade
26 de mar. de 2006
Xo, Bichanos!
Nao sei explicar porque, mas adoro desenhar gatos, recorta-los, pinta-los, escrever historias onde sao personagens principais. Tenho varios exemplares da raça pendurados nas paredes e outros guardados em meus arquivos. Acho que os gatos dos cartoons tambem sao todos muito interessantes, mesmo quando sao preguiçosos, como Garfield, ou atrapalhados, como Tom. Tenho que reconhecer que eles tem la seu charme. Gosto inclusive dos que aparecem nas fotos de calendarios, dentro de cestas, cheio de lacinhos, parecendo inofensivos e simpaticos. Porem, sou bem intolerante quando se trata dos gatos de verdade. Acho que sao folgados, espaçosos, cinicos, interesseiros e uma porçao de outros adjetivos que invento para ficar bem longe deles. Ate os bem bonitos, peludos, com um rabo enorme, olhos lindos, me dao pavor. Mas nem sempre e possivel ficar a salvo dos felinos quando se esta na America. Que mania esses americanos tem de criar bichos e entao de torna-los melhores amigos. Cachorros e gatos sao os preferidos, por certo. Mas o problema e que quando criam gatos, nao tem so um ou dois, mas cinco, seis de uma vez. Tambem nao pretendo explicar o fenomeno, ja cansei das teses. Prefiro estudar agora como reagir quando encontrar com os bichanos nas casas dos amigos que visito, quando nao ao me deparar com um na porta de casa.
Uma vez tive que driblar sete gatos na casa de uma professora. Eles estavam por toda parte, inclusive no banheiro, onde tentei me abrigar por alguns minutos. Na casa de minha chefe, um deles pulou sobre meu casaco assim que o coloquei no sofa. Depois ficou roçando suas costas em minhas pernas pedindo atençao, enquanto conversava. Confesso que nao dei a minima para o que dizia a moça, tudo o que me passou pela cabeça foi como me livrar do tal felino de forma que nao fosse mal interpretada pela mesma. Claro que ele sabia que eu nao iria colocar em risco meu emprego e entao abusou nos carinhos. Pedi pra morrer. No mesmo dia entrei no orkut e passei a ser membro da comunidade odeio gatos e me filiei a Sociedade Inimiga dos Animais. Vingança mesmo.
Semana passada, o gatinho branco que voce ve na foto teve o desplante de me interceptar quando eu saia apressada para o trabalho, com cara de quem estava carente e faminto. Quando o vi, atraves do vidro, nao pude acreditar. Comecei a fazer gestos para que fosse embora. Creio que na linguagem felina dos sinais fiz alguma coisa que queria dizer exatamente o contrario. Alem de ficar, começou a miar insistentemente. Pensei em nao ir mais trabalhar, ligar e dizer que estava doente, o que nao seria uma mentira. Mas lembrei que nesta terra, se nao se comparece ao trabalho, nao se ganha dinheiro. Seria dar muito cabimento ao gato se resolvesse abrir mao do meu ganha pao. Quando me armei de uma vassoura para enxota-lo, ele se afastou um pouco, mas, tao logo fora de casa, ele me seguiu, ainda miando. Com um certo cuidado consegui que nao pulasse pra dentro do carro junto comigo. Sai aliviada. Pensei que chegaria em casa e ninguem acreditaria em mim quando contasse que fui perseguida por um gato desconhecido. E assim foi. Mas, para minha alegria, dois dias depois ele estava a me esperar novamente. Desta vez eu saquei a camera fotografica, tirei fotos, documentei tudo. Provas em punho, fiquei feliz da vida. O gato? Acho que tinha culpa no cartorio, pois, desde entao, nunca mais apareceu.
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2 comentários:
Acho que é uma característica de virginianos, a Talita também tem pavor a gatos!
beijos
Miluce
tia ,
acho q gatos naum sao da tua praia ,eu e a dea naum gostamos ,so gosto de cachorros!
te amo !
beijos
JUJU!!
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