18 de nov. de 2006

Castigo



Aquela última folha de outono decidiu que não sucumbiria aos caprichos do inverno; foi então que descobriu que estava fadada a ser vermelha para sempre. Posted by Picasa

8 de nov. de 2006

FeLiZ !


Filho que mora longe em tempos de internet é assim, você fica sabendo por onde e com quem anda nas páginas virtuais. Confesso que às vezes me surpreendo e me divirto com as descobertas, já que o mesmo não é necessariamente afeito aos detalhes ao compartilhar de suas proezas no mundo real. Então as tais fotos na rede falam por si e, às vezes, dão asas à minha imaginação.
Claro que como uma mãe que se empenha, não sem esforço, em ser moderninha e procura respeitar o espaço do filhote, me contenho e evito perguntar, por exemplo, o nome das gatinhas e da cowgirl daquela foto disposta no fotolog. Da mesma forma, não vou checar onde foi a festinha ou quando comprou os óculos de lentes roxas. Vida nada fácil essa das mães digitais.

Porém, o melhor de tudo isso, é não ter que ligar todo dia pra perguntar se o filho está feliz, é só visitar as páginas do Orkut, My Space, entre outros sites, e conferir o sorriso estampado no rosto. Impossível é evitar uma insinuação aqui, um comentário acolá, afinal as mães virtuais também são todas iguais.

Filho, fica aqui minha homenagem virtual e minha admiração, pra lá de real, por todas suas conquistas, traduzidas então nas pagínas do mundo digital. Feliz, bem feliz , aniversário. Posted by Picasa

7 de nov. de 2006

Pra Ver a Banda Passar



Graças ao Chico, bandas vão sempre cantar coisas de amor, chamar as pessoas à janela, livrá-las do lugar comum, do cansaço, da dor, como diz a canção que tantas vezes cantarolei, mesmo quando não havia visto ainda a marcha alegre se espalhar na avenida. E, enquanto não havia sido assaltada por esta magia, criei uma banda imaginária, a marchar sobre minha rotina, transformando tudo. Então pude ver os músicos e seus uniformes impecáveis, os chapéus de plumas coloridas e os instrumentos que reluziam sob o sol, atravessando a cidade. Com algum esforço, pude também ouvir a música, o soprar dos metais e o rufar dos tambores, contagiantes, insistentes.
O que eu não podia imaginar a aquela altura era que, um dia, a banda atravessaria minha vida, através da percussão da minha menina, a tocar, como ninguém, aquelas coisas de amor.


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