30 de mar. de 2007

Novo Olhar


Sorri a menina, olhos verdes, que vê o mundo com esperança, embora nem faça idéia ainda de onde pode chegar.
Sorrimos nós também, olhos negros , que já não vêem tão longe, mas sabem que seus olhos verdes têm muito, muito mesmo, a lhe mostrar.

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10 de mar. de 2007

Vou te Contar...


Ando chorando à toa, no estilo kit completo, com nó na garganta, lágrimas e tudo. Se passar propaganda de campanha humanitária na TV é tiro certo, assim como filmes em que os desvalidos atropelam todos os obstáculos e ascendem socialmente ; adoro ficção. Fotos e emails, cartas e telefonemas também rendem bons soluços, mas nada é mais contundente que ouvir música brasileira. Ontem dirigi uma hora e meia até uma cidade vizinha e levei Adriana Calcanhotto, Marisa Monte, Gal Costa comigo; cantamos durante todo o trajeto e, claro, os olhos chegaram a marejar algumas vezes.
Há duas semanas tive o prazer de assistir a um espetáculo de jazz em uma universidade próxima onde músicos brasileiros apresentaram a bossa, que permanece nova, aos gringos da região. Tudo regado a feijoada, arroz, pudim de leite condensado e cafezinho, uma delícia. Não faltou a Garota de Ipanema cantada por uma americana, e foi aí que eu chorei. Eu que cresci cantarolando música americana, mesmo quando não entendia nada do que era dito, me sensibilizei ao caminhar na contramão, ouvindo a voz suave da garota, que nunca foi a Ipanema, cantando com maestria a melodia tão familiar. Sem falar que dois dos músicos, fabulosos, há bem pouco tempo atrás, corriam no pátio do Colégio Batista e me chamavam de tia. Felizmente aprendi a usar o rímel à prova d'água.

Picture by Ana Augusta
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3 de mar. de 2007

Desejo


Há muito da menina em seu sorriso, ainda, mas seus olhos já insinuam algo de mulher. Que essa porção que está por vir, tão bem-vinda, a leve aonde você bem quiser.

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Despedida


Naquela tarde, quando o céu cedeu espaço ao laranja e ao amarelo e deixou que colorissem o horizonte, achei que era um convite; é claro que àquela época não acreditava ainda em adeus.

Quixaba, Fortaleza, Brasil

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2 de mar. de 2007

Sem Palavras


Para os dias em que as palavras não dizem nada, inventaram as cores.
Para que estas se fizessem entender, criaram a sombra.
De forma a serem interpretadas, as lançaram contra a luz.
A fim de que se diferenciassem, trouxeram as nuances e, enfim, para que não digam tudo, foram submetidas à forma.
Benditos sejam os deuses e essa mania de criar códigos.
Photos by Michael B. Posted by Picasa