
Quando a gente pensa que já sabe tudo desta cultura, aparece mais uma coisinha pra aprender. E agora com filho terminando a High School, tem surgido novidades mil. A de hoje foi a festa do Prom, celebração que marca o fim de uma maratona de pelo menos 12 anos de estudos. Prom é abreviatura da palavra promonade, uma referência as danças formais do fim do século XIX. As primeiras festas deste tipo tiveram início nos anos 20 e nos anos 30 já eram bem comum em todo país. Claro que nada se compara a superprodução organizada nos dias de hoje, mas mantêm uma certa similaridade. Sabe-se que os jovens daquela época eram incentivados pelos pais e professores a comparecerem ao evento, a fim de desenvolverem habilidades sociais. A festa se dava no ginásio da escola, decorado com simplicidade e metros e metros de papel crepom colorido. Rapazes de paletó e moças em roupa de domingo jantavam juntos no fim da tarde e então dançavam com desenvoltura no salão. Claro que antes disso, os então convivas teriam enfrentado seus medos e insegurança, assim como os jovens de hoje, e também seus desejos, por vezes secretos, na busca do seu par ideal. Muitas vezes o baile era apenas um pretexto para que uma paixão recolhida finalmente viesse à tona. Tarefa impossível para os mais tímidos, esta era, e continua sendo, a parte mais difícil, mas não a única, nem a última. Hoje, convite aceito, muito há a ser feito e gasto até a chegada do grande dia. Na verdade, a indústria do Prom faz gerar milhões de dólares com a venda de vestidos cor de rosa, sapatos de saltos enormes, bouquet de flores naturais, paletós e fraques elegantes, quilos de maquiagem, laquê de cabelo, gel, limousines luxuosas e muito, muito brilho. E no meio de toda briga das americanas por igualdade, ainda se espera que os rapazes se responsabilzem pelos custos com as flores, o jantar, o transporte e as fotos de estúdio. É o preço, quase sempre bem alto, que pagam para dançar com a Cinderela de seus sonhos. Dizem as más linguas , que é mais ou menos uma amostra do que viverão dali pra frente caso, ao soar das doze badaladas, ao invés de correr, elas decidam não sair mais do seu pé.

