Eu não sei você, mas eu tenho um primo chato que, pra começar, nasceu primeiro e por isso acha que sabe de tudo. Porém, tenho que explicar que ele não é primo de verdade, se fez primo através do amor incondicional entre nossas famílias. Mas nao me lembro de um primo de verdade que eu tenha amado mais do que o amo.
Pois bem, o primo chato é tambem um charme e é , até hoje, o meu ex futuro marido preferido. Mas, ao contrário do que parece, não brincamos juntos de médico, pique-esconde, nem de pera, uva ou maçã, como a maioria dos primos que se prezam. Digamos que nutrimos uma admiração real em um cenário pra lá de virtual, se é que este tipo de conceito faz algum sentido.
Agora o tal priminho vem me dar algumas dicas sobre o textos do blog. Ébom frisar que fui eu que pedi e quando o fiz sabia mesmo que teria muito trabalho pela frente. Ficar calado é que ele não ficaria, além do que, estava certa de que usaria seu vasto conhecimento em toda e qualquer área para tecer a critica. Não que eu esteja arrependida, ao contrário. O cara é bom mesmo e generoso, mas deixa a gente pensando no que falou por dias a fio. Então, calçadinha nas sandálias da humildade, estou aqui a traçar estratégias para dar o primeiro passo em direção ao que o primo sugeriu.
Pra começar, disse que eu tinha que escrever pensando na pessoa que estava a ler o texto, parece que tenho insistido na mensagem codificada, dirigida apenas a meia dúzia de testemunhas de minhas aventuras. Confesso que não é a primeira vez que escuto isso, um amigo andou comentando que não conseguia entender algumas referências em certas passagens. Até aí tudo bem, vou procurar me explicar melhor, mas ainda tem a segunda dica, tarefa bem mais complicada.
Disse ele que eu teria que aprender a ler meus textos com olhos virgens, como se não tivessem sobrevoado aquelas linhas um dia. Como tornar virgens olhos saturados de tantas idéias, minhas, dos outros ? Tarefa corriqueira para os grandes escritores, ele disse, questão que requer prática. Sim, grandes escritores, foi o que falou, habilidade que se conquista, insistiu em um tom de futuro mais -que- perfeito. Senti uma ponta de orgulho e logo depois de confiança, seguida de um sopro de esperança. É assim que o primo chato me faz crescer. Estou começando a achar que ele não merece este apelido.
Se gostou da foto, esquece, o posto de ex futura esposa e vitalício e intransferível.
Um comentário:
Amiga,
Talvez as sugestoes do "primo chato" possam ser uteis, mas eu ja adoro o blog mesmo sem a aplicacao delas...
Um beijo pra vc e pro resto da minha familia.
Tenham um bom final de semana!
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