8 de nov. de 2007

Enfim, as flores



Finalmente meu vizinho pode abrir as cortinas e se deparar com um jardim decente. Desta vez não me refiro às flores que ele próprio cultiva com primor, motivo daquela inveja santa já comentada anteriormente, mas às novas formas e cores que habitam o espaço em frente à minha casa . Depois de seis anos ouvindo as lições de botânica do caro senhor, resolvemos fazer algo nesse sentido; já não era sem tempo. Eu falo na primeira pessoa do plural porque considero que força moral também conta, uma vez que colocar a mão na massa mesmo que é bom, ou melhor, na terra, não o fiz. Sou tão consciente de minha inabilidade com a as plantas, que até quando, vez por outra, sou intimada a aguá-las (sim, eu não faria isso voluntariamente), rezo baixinho para que não murchem. Meu engenhoso esposo, portanto, se encarregou de tomar para si a tarefa de cuidar das plantinhas, já que, das pessoas, cuido eu. Estas sim, senhoras de todo o meu apreço. Além do mais, não tenho que ficar ficar seis longos meses de inverno sem dedicar-me ao cultivo da amizade; pessoas estão sempre presentes, em qualquer estação.

Photo: Marcus Resende

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