Esta semana me deparei com a estampa de uma camiseta exposta por um transeunte que desfilava de peito aberto pelas ruas da cidade. Tratava-se de uma revanche bem humorada contra os conservadores, em sua maioria republicanos, que durante a última campanha eleitoral americana empunhavam cartazes em cada esquina no estado da Califórnia, apelando para que se votasse em favor da proposição que negava o direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, contrariando o que já havia sido recentemente aprovado pelo senado:
“Vamos banir a união entre homossexuais. O casamento e a família precisam ser protegidos”
Desta forma, além de escolher o novo presidente do país, quem foi as urnas naquele estado, também decidiu questões de interesse de certos setores da comunidade (não necessariamente interessantes) e não foi dessa vez que a união entre iguais emplacou.
Foi então que as minorias sexuais e simpatizantes resolveram dar o troco e distribuíram camisetas e adesivos nos carros com os dizeres:
Foi então que as minorias sexuais e simpatizantes resolveram dar o troco e distribuíram camisetas e adesivos nos carros com os dizeres:
“Vamos banir o casamento entre republicanos. O ódio é uma perversão”
Pelo jeito, os indianos e seus casamentos arranjados, a preservação das castas e o expurgo aos dalits não me parece coisa de outro mundo, como nos faz acreditar a tal da novela das oito. Se pelo menos aqueles que acham que podem decidir quem deve se casar com quem tivessem a gentileza de escolher noivos e noivas da categoria dos artistas da Rede Globo, todos sensuais, estonteantes e ricos...quem sabe eu vestiria a camisa da causa:
“Vamos banir o casamento por amor. Os níveis de audiência precisam ser estimulados”